sábado, 17 de outubro de 2009

Desaparecidas

Foi um sono prolongado. O acordar numa casa vazia. O tocar da campainha. Uma rapariga azul de uma infância passada. O estrondo. Sangue. Fugir para a casa velha. O aparecimento do pai. A saída de Porno tão estranha como a entrada na sua vida. Filipe pensou mesmo que não a voltaria a ver. Chegou à conclusão que tudo seria uma partida de alguém ou talvez uma tentativa de assalto e utilizassem a rapariga como isco.

A verdade é que não roubaram nada. A polícia vasculhou toda a casa e, aparentemente, não houve roubos. Apenas uma porta rebentada. Não havia vestígios de sangue o que consumiu a cabeça de Filipe nas semanas seguintes. Mas a verdadeira angústia foi o desaparecimento da mãe e de Rita.

Volvia já um mês quando apareceram as primeiras notícias.

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